Ciclo “Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos” promove dois encontros nesta semana

Excepcionalmente, o Ciclo Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos contará com duas edições nesta semana. A primeira acontece hoje, às 14h e discutirá o tema “Racismo institucional, movimentos negros e ditaduras”. Já o encontro da próxima sexta-feira, no mesmo horário, irá abordar a temática “LGBTQI+ e ditadura: moralidades e políticas sexuais”.

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O tema da mesa de hoje (03/07) é “Racismo Institucional, Movimenros Negros e Ditaduras” e contará com a presença dos pesquisadores Carlos Alberto Medeiros (IH/UFRJ e IPCN), Flavia Rios (UFF), Marta Pinheiro (CDH/OAB e ex-CEV-Rio), Monica Cunha (CDH/ALERJ) e Vantuil Pereira (NEPP-DH/UFRJ).

A ditadura militar representou um período de aprofundamento do racismo institucional que historicamente existe no Brasil. O movimento negro, que ressurgia em meados dos anos 1970, foi monitorado e controlado pelo regime, que caracterizava a ação dos militantes como “racismo negro”. Do mesmo modo, manifestações culturais negras, como os bailes black, também foram alvo do controle e repressão ditatoriais. Para além disso, contra a população negra em geral, especialmente os moradores de favelas e periferias, as formas de controle social que já existiam antes do golpe foram mantidas e aprofundadas. Prisões arbitrárias e torturas foram praticadas sob o manto da Lei da Vadiagem, e esquadrões da morte e grupos de extermínio deixaram milhares de vítimas de execuções sumárias e desaparecimentos forçados. Para refletir sobre estes temas.

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Já na próxima sexta-feira, dia 5 de julho, às 14h, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos prossegue com os debates com a mesa “LGBTQI+ e ditadura: moralidades e políticas sexuais”. O machismo e a homofobia são constitutivos da história brasileira. Durante a ditadura, se institucionalizaram na forma de diversas práticas repressivas, sustentando moralidades e políticas sexuais. Ao mesmo tempo, e com algum estranhamento das esquerdas do período, o nascente movimento homossexual se torna um dos atores fundamentais da resistência. Graças aos logros dessa luta, às pesquisas acadêmicas e aos relatórios produzidos por Comissões da Verdade a nível nacional e estadual, a memória da população LGBTQI+ tem assumido renovado interesse. A participação de homossexuais na militância e na redemocratização, bem como as violações a seus direitos, serão alguns dos temas para o debate da próxima sessão.

Participam do encontro James Green (Brown University), Renan Quinalha (UNIFESP) e Sílvia Aguião (IMS/UERJ).

O ciclo “Memória, Movimentos Sociais e Direitos Humanos” é coordenado pelo antropólogo José Sérgio Leite Lopes, junto aos pesquisadores Felipe Magaldi, Lucas Pedretti, Luciana Lombardo e Virna Plastino.Mais informações sobre o curso e memória das sessões passadas podem ser encontradas em www.cbae.ufrj.br e bit.ly/cursomemoriadh.

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