Instituto do Futuro

O Instituto do Futuro da UFRJ se inspira no benchmark dos Institutos no mundo. Sua missão estratégica tornou-se mais relevante no mundo pós-pandemia. Estão sob questão aparentes certezas antes compartilhadas: o mundo do trabalho, impactado pela sociedade 5.0; a vida nas cidades, como resultado da inteligência artificial, das novas alternativas de transporte, e da transição energética; as desigualdades que se acentuaram no mundo da pandemia; o padrão alimentar, face à grande transformação do alimento em curso; e as soluções transformadoras no campo da saúde, originadas da biologia e da medicina do futuro. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável se apresentam como mandatários. 

O Instituto do Futuro consiste numa ação transversal capaz de conectar grupos de excelência da UFRJ dedicados a pensar prospectivamente, na fronteira do conhecimento, ou em plataformas capazes de oferecer soluções para a construção de amanhãs possíveis. Neste sentido, o Instituto do Futuro UFRJ pretende elaborar propostas “orientadas por missão” relevantes para a sociedade – governos estaduais, municipais, empresas, organizações não governamentais. O princípio orientador é pensar o desenvolvimento do Brasil. 

O Instituto do Futuro definiu quatro macrotemas portadores de futuro, com base na relevante contribuição dos professores e grupos de pesquisa situados nas fronteiras do conhecimento: biodiversidade/água; biotecnologia/saúde; energia/transição energética; inteligência artificial/cidades inteligentes. Os macrotemas se concretizam em temas específicos que incorporam dimensões relevantes como democracia, desigualdades, diversidade, emprego, risco, segurança, sustentabilidade, vulnerabilidade, entre outras magnitudes que possam expressar-se em políticas públicas, com o objetivo de subsidiar a construção de um projeto de nação. 

Em resumo, o Instituto se estabelece como uma rede local, regional, nacional e internacional (hub) que viabiliza a pesquisa colaborativa e integra o conhecimento da universidade em relação ao futuro da sociedade, estabelecendo uma plataforma para a colaboração criativa entre a academia, o governo, a indústria e os cidadãos. Nesta rede, preservados os direitos de propriedade, a proposta de valor é a de construir um espaço comum de intercâmbio e interlocução, um “commons” que possa servir à comunidade interna e externa à Universidade, através da difusão científica, tecnológica e cultural. Esses resultados retornam para a própria Universidade através do seu impacto na educação superior, na pesquisa, e nas relações com as comunidades locais. 

O grande desafio, ao mesmo tempo conceitual e instrumental, é articular o conhecimento existente com um sentido de missão – para uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável – pensando o desenvolvimento do Brasil.