A Companhia Folclórica do Rio – UFRJ Apresenta o Espetáculo “Tamborzada” no Teatro Cacilda Becker

“Tamborzada” é uma adaptação do espetáculo “Companhia Folclórica 30 Anos”, que apresenta o resultado de produções e pesquisas realizadas junto aos mestres da cultura popular brasileira. De 23 a 25 de junho, no Teatro Cacilda Becker, o espetáculo reúne 40 artistas, entre músicos, dançantes e artistas plásticos, trazendo à cena os tambores dos salões, dos terreiros e das ruas, que marcam as cadências das culturas populares.

 


“Tamborzada”
é uma adaptação do espetáculo “Companhia Folclórica 30 Anos”, que apresenta o resultado de produções e pesquisas realizadas junto aos mestres da cultura popular brasileira. De 23 a 25 de junho, no Teatro Cacilda Becker, o espetáculo reúne 40 artistas, entre músicos, dançantes e artistas plásticos, trazendo à cena os tambores dos salões, dos terreiros e das ruas, que marcam as cadências das culturas populares.

O público vai entrar em contato com diversos tambores como atabaques, alfaias, crivador, meião, tambor grande, caxambu, candongueiro e tambu. Será possível aprender sobre a riqueza da percussão, das danças brasileiras e o universo simbólico destas expressões. Cenografia, instalações, iluminação, figurinos, música ao vivo e muita dança vão criar um momento de artes integradas com a participação ativa da plateia.

O roteiro retrata a disputa dos malandros cariocas no verso e no batuque, eternizada nos sambas de Noel Rosa e Wilson Batista. Também perpassa a invenção do maxixe, dança excomungada que juntou células europeias e africanas, homenageando os tambores dos los hermanos cubanos com a dança da Salsa de Cassino. Ao som de Camisa amarela, de Ari Barroso, os carnavais de salão e das ruas se encontram, misturando canções e tambores. E ainda vem o personagem português Zé Pereira trazendo alegria! São os bonecos e batidas lusas ainda presentes em vários lugares do Brasil. A Festa da Moça Nova do Povo Ticuna é contada pelo mascote da Companhia, o Bidito das Candongas, e o Batuco de Cabo Verde reforça a raiz africana dessas manifestações.​

O espetáculo também explora a sensualidade e a religiosidade do tambor de crioula maranhense ao som do tambor grande, meião e crivador originais, escavados a fogo. O Cacuriá entra rebolando e criando versos de duplo sentido. O mamulengo Simão se encanta com a abundância das mulheres e nos encanta com a ludicidade do baião e dos cocos nordestinos. Entre sapateios e palmas, se chega ao samba do Recôncavo Baiano, que abre a roda para as cordas da viola, violão e cavaquinho para se encontrarem com as umbigadas e ritmos da Bahia. As baterias das escolas de samba cariocas entram em cena trazendo o pas de deux do Mestre Sala e da Porta Bandeira, poesia em movimento, admirada em todo mundo, que exalta o jeito carioca de brincar e se comunicar. Em sequência, surge o jongo como uma homenagem ao Morro da Serrinha da cidade maravilhosa e outros tambores centenários para dançar o batuque de umbigada paulista e abrir o terreiro para a orquestra de tambores que passeia na pluralidade das expressões das caixeiras do divino do Maranhão, das danças dos orixás afro-brasileiros, das folias de reis, do frevo pernambucano, das bandas de congo capixabas e das realezas dos congados mineiros e maracatus pernambucanos. 

“Tamborzada” desvela a diversidade cultural do tambor, um comunicador dos tempos, entidade que conta histórias, e subjetividades que junta ancestralidade e contemporaneidade, a devoção e a diversão, com persistência e resistência, acompanhando a humanidade em seus sonhos, lutas e artes.

O evento é promovido pelo PROART (Programa de Apoio às Artes) da UFRJ, coordenado pelo Fórum de Ciência e Cultura. Nos dias 23 e 24 de junho, as apresentações acontecem às 20h. E, no dia 25 de junho, às 18h. Duração: 1h30.

O Teatro Cacilda Becker fica na rua do Catete, 338, Catete.

Para mais informações: (21) 2265-9933 (Teatro) e www.facebook.com/CiaFolcUfrj

 

Clécia Oliveira

Veja mais

Se inscrever
Notifcar de
0 Comentários
Feedbacks Inline
Ver todos os comentários