Antropologia Social debate o novo formato da família ocidental
A partir dos anos 1970, o mundo ocidental começou a sofrer modificações no entendimento cultural da família. O aumento de tecnologias para beneficiar a reprodução humana e o surgimento de novas configurações familiares põe em xeque a visão naturalizada de parentesco bilateral (pai e mãe) e consanguíneo. Os desdobramentos desse formato são o tema da conferência Filiação e …
A partir dos anos 1970, o mundo ocidental começou a sofrer modificações no entendimento cultural da família. O aumento de tecnologias para beneficiar a reprodução humana e o surgimento de novas configurações familiares põe em xeque a visão naturalizada de parentesco bilateral (pai e mãe) e consanguíneo. Os desdobramentos desse formato são o tema da conferência Filiação e Novas Tecnologias Reprodutivas: Um Olhar da Antropologia Social. O debate será promovido pelo IESC – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ, as 14 horas, quinta, 28 de abril, na CEU (av. Rui Barbosa, 762- Flamengo).
A mesa de discussões terá como convidada de honra a professora Agnès Fine, da Universidade Toulouse II, além da professoras Gilza Sandre Pereira, do Instituto de Nutrição Josué de Castro, e Jaqueline Ferreira e Elaine Brandão, do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva. Sob o foco da antropologia, o debate abordará assuntos referentes à forma de filiação moderna, baseada na multi-parentalidade. Um exemplo seriam pais que recorrem à inseminação artificial e, como resultado, têm o doador somado à família. Também será discutido o papel atual dos gêneros na filiação e das ferramentas jurídicas criadas para o reconhecimento do novo cenário.
Agnès Fine é doutora em história, com especialidade em Demografia Histórica, e doutora em antropologia social e histórica. Professora do Centro de Antropologia Social de Toulouse II, Fine tem desenvolvido trabalhos acadêmicos em parceria com pesquisadores brasileiros da UFSC, abordando temas como parentalidade, filiação, fecundidade, gênero e sexualidade.
A Conferência recebe o apoio da área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde do IESC e é direcionada para o público discente e docente da universidade, além de pesquisadores de outras instituições interessados no debate antropológico sobre o tema proposto.
JULIA RICCIARDI
Estagiária de Jornalismo do FCC/UFRJ
Edição: Zilda Martins