Arte para rir e pensar
A exposição Bye, bye reitor – O fim de uma era! com charges de Diego Novaes sobre os últimos cinco anos do professor Aloísio Teixeira à frente da reitoria da UFRJ ficará em cartaz até 10 de agosto, de segunda a sexta, das 10 às 17 horas. As peças estão no Átrio do Palácio Universitário, campus da Praia Vermelha, e é uma realização da Escola de Belas Artes (EBA)…
A exposição Bye, bye reitor – O fim de uma era! com charges de Diego Novaes sobre os últimos cinco anos do professor Aloísio Teixeira à frente da reitoria da UFRJ ficará em cartaz até 10 de agosto, de segunda a sexta, das 10 às 17 horas. As peças estão no Átrio do Palácio Universitário, campus da Praia Vermelha, e é uma realização da Escola de Belas Artes (EBA), Fórum de Ciência e Cultura e Reitoria da UFRJ.
![]() |
O autor dos trabalhos, Diego Novaes, é cartunista e estuda Educação Artística na Escola de Belas Artes da UFRJ. Seu interesse por desenhos vem desde cedo. Por volta dos 3 anos de idade, já ensaiava alguns rabiscos e, na escola, começou a ser procurado por amigos, inclusive de outras turmas, para ilustrar capas de folhetos e cartazes dos trabalhos em grupo. Sempre teve a iniciativa de criticar e se comunicar por meio do traço, mas a entrada na EBA o influenciou definitivamente. Lá começou a ter contato com os problemas da universidade, principalmente porque via e vivia as dificuldades dos estudantes. Nesse momento, ele começou a fazer charges sobre a UFRJ. |
Diego diz que conhecia o professor Aloísio Teixeira de vista quando ainda era calouro. Um ano depois, com todos os comentários acerca do bandejão, ele fez uma tirinha do professor Aloísio comendo mosca e dizendo: “Quem disse que precisa de bandejão?”. O desenho simplesmente fluiu como se o personagem já existisse há anos. “Essa tirinha é o meu xodó, porque foi onde tudo começou”- diz o chargista entre risos.
Na época em que começou a fazer as charges do reitor, Diego estava muito próximo do movimento estudantil, então as pessoas ao seu redor compartilhavam a sua visão e sempre traziam ideias para as charges. O processo todo tomou uma proporção enorme quando rodaram um cartaz com uma charge do reitor com uma placa vendendo a universidade. Colaram cartazes em todos os campus da UFRJ e isso popularizou o trabalho dele. Nessa época, após as eleições para o DCE, em 2008, ele passou por um período difícil. O grupo parou de divulgar suas charges e ele acabou “criticando o reitor sozinho”, mas superou esse momento e passou a se dedicar à imprensa sindical desde então.
Apesar das críticas, o estudante está agora com uma exposição apoiada pela reitoria. Quando perguntado sobre o motivo desse apoio, ele declara: “Meu trabalho é e sempre foi essencialmente crítico. A questão do apoio da reitoria se deu por uma suposta mudança de postura do próprio Aloísio em relação às charges. O que aconteceu é que a presença das charges no cotidiano da universidade acabou mostrando que charge é também assunto acadêmico, já que charge é humor gráfico, que humor gráfico é arte gráfica, que é arte. Creio que o apoio da reitoria se deu muito mais pelo debate acadêmico que a exposição de charges levanta do que pelo seu conteúdo em si.”
Bye, bye reitor- o fim de uma era, além de ser uma exposição que aborda as questões da universidade mostra a importância, segundo Diego, de tudo que tentam desenvolver em quatro anos à frente do projeto Semana de Quadrinhos da UFRJ, que é ressaltar o HQ, a charge, a caricatura e o desenho de humor como manifestações artísticas e de comunicação que merecem seu devido lugar na academia.
Sobre o novo reitor e a situação das charges a partir de agora, Diego diz que ainda não sabe como tudo isso vai ficar. O contato de Diego Novaes com o novo reitor da UFRJ é relatado por ele com humor: “Estive na posse do professor Levi como novo reitor e quando fui cumprimentá-lo, ele disse, com bom humor: – ‘Diego, tenha piedade de mim, tenha piedade de mim!’- Eu respondi: ‘Rapaz, você deu sorte, eu preciso me formar!’ (risos)”. Ele, no entanto, espera que outros comecem a utilizar o humor gráfico para fazer crítica social. Para ele, é o fim de um ciclo de mais de cinco anos de charge que contam uma importante época da história da nossa universidade. Com certeza, ele conseguiu realizar seu desejo de ser útil de alguma forma à comunidade acadêmica, seja por fazer rir, revoltar, pensar, concordar, discordar e refletir.
YARA LOPES
Estagiária de Jornalismo/FCC
Edição
Rafael Barcellos – 2295.1595
“Arte para rir e pensar” falou sobre a exposição “Bye, bye reitor – O fim de uma era!”, que apresentou charges de Diego Novaes retratando os últimos cinco anos da gestão do professor Aloísio Teixeira na reitoria da UFRJ. A exposição, realizada pela Escola de Belas Artes, esteve em exibição no Átrio do Palácio Universitário, no campus da Praia Vermelha.
A exposição foi uma ótima oportunidade para ver a arte da caricatura sendo usada como uma forma de comentar e refletir sobre questões políticas e sociais. As charges de Diego Novaes são bem-humoradas, mas também têm uma mensagem importante para transmitir. Elas retratam de forma satírica as realizações e os problemas enfrentados pelo reitor durante sua gestão.
Além disso, a exposição também foi uma forma de destacar o papel da arte na sociedade. Ela pode ser usada como um meio para expressar opiniões, estimular o debate e a reflexão, e trazer à tona questões importantes. A arte pode ser uma poderosa ferramenta para a mudança social e a exposição “Bye, bye reitor – O fim de uma era!” é um exemplo disso.
Em resumo, a exposição foi uma oportunidade imperdível para quem aprecia a arte da caricatura e para aqueles que estão interessados em refletir sobre a política e a sociedade. A exposição foi uma demonstração de como a arte pode ser usada como uma forma de comentário social e político e é um exemplo de como a arte pode ser uma poderosa ferramenta para a mudança.