Fórum avalia aplicação da Política Cultural da UFRJ

O I Encontro de Arte e Cultura da UFRJ terminou na sexta (07/06). Depois de cinco dias de mesas redondas, reuniões públicas e rodas de conversa, o evento foi encerrado com uma plenária final. O coordenador do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), Carlos Vainer, fez um balanço do Plano de Trabalho 2017-2019 do FCC, avaliando a aplicação da Política Cultural da UFRJ durante o período.

O I Encontro de Arte e Cultura da UFRJ terminou na sexta (07/06). Depois de cinco dias de mesas redondas, reuniões públicas e rodas de conversa, o evento foi encerrado com uma plenária final. O coordenador do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), Carlos Vainer, fez um balanço do Plano de Trabalho 2017-2019 do FCC, avaliando a aplicação da Política Cultural da UFRJ durante o período.

Iniciada em 2011, a atual gestão do Fórum realizou projetos relevantes no campo da arte e da cultura tanto em prol da UFRJ como de outras universidades públicas. Segundo Vainer, antes o FCC era visto como uma espécie de centro cultural da UFRJ e hoje é compreendido de modo mais adequado: como plataforma de articulação e órgão implementador da Política Cultural da UFRJ. “A UFRJ é o grande centro cultural”, lembrou.

Na visão do coordenador, a elaboração do documento Você Faz Cultura, promovida pelo Fórum em 2012, foi um marco importante para o realinhamento do órgão enquanto promotor e agente cultural. Resultado de um amplo debate entre a comunidade acadêmica, o projeto foi aprovado em 2014 pelo Conselho Universitário, tornando-se a base da Política Cultural, Artística e de Difusão Científico-Cultural da UFRJ, em vigor desde então.

Em 2017, outro feito significativo: a institucionalização de unidades vinculadas ao Fórum. Na ocasião, órgãos como a Casa da Ciência, a Editora UFRJ o Sistema de Bibliotecas (SiBI) e os recém-criados Núcleo de Rádio e TV, Sistema Integrado de Museus, Acervos e Patrimônio Cultural (SIMAP) e Universidade da Cidadania (UC) foram inseridos na estrutura do FCC, que já contava com o Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE) e o Museu Nacional como órgãos suplementares.

Vainer criticou a redução progressiva dos orçamentos destinado à UFRJ nos últimos anos. De R$ 457 bilhões, em 2015, para R$ 361 bilhões, em 2019. “Contamos com poucos recursos para implementar tais projetos”, o que segundo Vainer dificultou, mãs não impediu ações expressivas do FCC.

Foram realizadas iniciativas em todos os cinco eixos de ação previstos no plano de trabalho 2017-2019: (I) Museus, Espaços de Ciência e Patrimônio Edificado, (II) Ensino, Pesquisa e Extensão em Artes e Difusão Científico-Cultural, (III) Comunicação e Cultura Digital, (IV) Interfaces Urbanas, (V) Intercâmbio, Cooperação e Relações Institucionais.

O coordenador destacou ainda as seis edições do Encontro Nacional de Acessibilidade Cultural (ENAC), a criação e realização de dois editais do Programa de Apoio às Artes (PROART-UFRJ), a criação dos Grupos e Projetos Artísticos de Representação Institucional; a criação do Fórum Interuniversitário de Cultura (FIC) e a realização de duas edições do Festival Interuniversitário de Cultura (FestFIC). A terceira aconteceu no último fim de semana, nos dias 15 e 16 de junho, no Museu da República.  

Projetos em andamento

Além daquelas consolidadas, o FCC vem encaminhando outras iniciativas como a implementação do Escritório de Relações Institucionais e Captação de Recursos (ERIC), responsável por captar verbas para projetos culturais dentro da universidade. Outro investimento em curso é o projeto do Centro de Arte e Cultura, que desde fevereiro, vem sendo debatido pela comunidade universitária.  

Diante de tantas iniciativas, Marize Figueira, produtora cultural da Pró-reitoria de Extensão (PR5) e integrante do Núcleo de Apoio à Produção Cultural da UFRJ (NAPROCULT) reforçou a importância “mais espaços de encontros, já que demanda e potencial nós temos”. O Encontro de Arte e Cultura, por exemplo, já rendeu frutos. “Com as rodas, já surgiram interesses e programas para preencher a agenda”, contou a superintendente de Difusão Cultural do FCC, Patricia Dorneles. “Tinha gente da Psicologia, da Antropologia e da Belas Artes no mesmo eixo, por exemplo. Isso é muito legal porque estimula uma ética solidária do fazer”, disse. 

Além de ações internas, é preciso fortalecer grupos culturais de fora da universidade. Essa foi a sugestão de  Isabel Azevedo, coordenadora do Sistema Integrado de Museus, Acervos e Patrimônio Cultural (SIMAP) e ex-superintendente de Difusão Cultural do FCC. Citando grupos como Tá Na Rua, Jongo da Serrinha e Centro do Teatro do Oprimido, Isabel alertou que no momento em que a política cultural da UFRJ consegue caminhar, é “preciso reconstruir a política cultural do país. Daqui para frente o desafio é esse”, disse.


Reportagem: Victor Terra
Fotografia: Eneraldo Carneiro

Veja mais

Se inscrever
Notifcar de
0 Comentários
Feedbacks Inline
Ver todos os comentários