Fórum de Ciência e Cultura debate inclusão de saberes e mestres populares na Universidade

O Encontro de Saberes traz, na essência, a reflexão por uma dupla inclusão: a dos saberes indígenas, afro­brasileiros, dos quilombolas, das culturas populares em geral, excluídos do universo acadêmico; e a inclusão dos Mestres populares destes saberes nesse universo. Com esta definição, o Prof. José Jorge de Carvalho apresentou o projeto Encontro de Saberes que coordena no Instituto de Inclusão no Ensino Superior, na Universidade de Brasília, durante o evento “Diálogo de saberes: a inclusão de saberes e mestres populares na universidade”, realizado no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, dia 28 de janeiro. Segundo o Prof. José Jorge, o projeto é uma intervenção muito específica no mundo acadêmico, mas, ao mesmo tempo, com uma significativa demanda externa ao mundo acadêmico.

 

 JOSE JORGE 1 PLANO

O Encontro de Saberes traz, na essência, a reflexão por uma dupla inclusão: a dos saberes indígenas, afro­brasileiros, dos quilombolas, das culturas populares em geral, excluídos do universo acadêmico; e a inclusão dos Mestres populares destes saberes nesse universo. Com esta definição, o Prof. José Jorge de Carvalho apresentou o projeto Encontro de Saberes que coordena no Instituto de Inclusão no Ensino Superior, na Universidade de Brasília, durante o evento “Diálogo de saberes: a inclusão de saberes e mestres populares na universidade”, realizado no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, dia 28 de janeiro. Segundo o Prof. José Jorge, o projeto é uma intervenção muito específica no mundo acadêmico, mas, ao mesmo tempo, com uma significativa demanda externa ao mundo acadêmico.

 O professor da UnB também enfatizou a importância da interdisciplinaridade dos mestres populares das comunidades tradicionais definindo­os como “insubstituíveis” e “irrepresentáveis” na transmissão de um saber direto, presencial, pois “sentem e pensam o que os alunos estão sentindo e pensando naquele momento de encontro”. De acordo com José Jorge, eventos como o Diálogo de Saberes fazem com que o espaço de discussão dos saberes seja retomado nas universidades.

 O professor da Escola de Música da UFRJ, Samuel Araújo, apresentou a experiência de culturais e projetos participativos sonoros desenvolvidas pela UFRJ no Complexo da Maré e a forma pela qual a música interfere e é interferida na e pela comunidade local. Samuel Araújo considera o trabalho da Escola de Música um bastião de resistência na UFRJ que “tem que pensar de forma mais articulada e global a participação nos debates públicos sobre o tema”.

 O coordenador do Fórum de Ciência e Cultura, Carlos Vainer, ressaltou que a organização do Diálogo de Saberes no FCC é um reconhecimento de que há esforços para a expansão e divulgação da política cultural na universidade, já aprovada pelo Consuni, em 2014, no documento Você Faz Cultura. Vainer declarou que o evento é “uma espécie de pontapé inicial para aqueles que já o fazem se sentirem menos isolados, e os que não fazem comecem a fazê­-lo”.

O “Diálogo de saberes: a inclusão de saberes e mestres populares na universidade” contou com a presença de vários segmentos da comunidade acadêmica da UFRJ e de outras universidades, como os professores Eduardo Viveiros de Castro e Marcio Goldman, do Museu Nacional da UFRJ, e Leonardo Guelman, coordenador do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, além de representantes de movimentos populares indígenas e afro­brasileiros e do Ministério da Cultura.

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