“Parangolés da Cultura” discute o diálogo entre saberes na Universidade

No último dia 21, aconteceu a terceira edição do colóquio “Parangolés da Cultura na Universidade”, no campus da Praia Vermelha. Realizado pela Decania do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), com apoio do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), o evento teve como tema o diálogo entre saberes no ambiente universitário. 

Na último dia 21, aconteceu a terceira edição do colóquio “Parangolés da Cultura na Universidade”, no campus da Praia Vermelha. Realizado pela Decania do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), com apoio do Fórum de Ciência e Cultura (FCC), o evento teve como tema o diálogo entre saberes no ambiente universitário. 

A própria organização do colóquio já sugere a integração e o diálogo que são propostos: todos os encontros possuem formato dinâmico e são abertos ao público, funcionando como rodas de conversa. “A cultura dentro da Universidade acontece em parangolés, conseguimos alguns arranjos instáveis nesse sentido. Nós nos conhecemos pouco, e acabamos perdendo muita força por não sabermos o que o outro faz”, afirmou Waldelice Souza, produtora cultural do evento.

Nesta última edição, a primeira convidada a se apresentar foi a profª Eleonora Gabriel (EEFD/UFRJ) (imagem abaixo), que também coordena a Companhia Folclórica do Rio-UFRJ, um dos grupos de representação institucional da Universidade. Eleonora discorreu sobre sua participação em diversos trabalhos culturais, desde encontros com mestres populares até festivais de folclore com crianças residentes no Complexo da Maré. A professora também colabora com oficinas que propõem uma “pesquisa sobre si” – a proposta é de que os participantes descubram a cultura popular em suas respectivas árvores genealógicas. 

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Já o professor Walter Suemitsu (imagem acima) apresentou o Núcleo Interdisciplinar para Desenvolvimento Social (NIDES) do Centro de Tecnologia da UFRJ: “Dizem que engenheiros têm cérebro, mas não coração. O NIDES prova o contrário”. O projeto objetiva incitar o diálogo entre a tecnologia e as ciências humanas, e conta com disciplinas de pós-graduação, ações sociais diretas (como levar energia a lugares sem recursos), bibliografia própria, eventos e cursos abertos a todos.

    Também esteve presente a profª Carmen Teresa Gabriel (primeira imagem abaixo), diretora da Faculdade de Educação (FE/UFRJ) e uma das responsáveis pelo Complexo de Formação de Professores, lançado em 2016, como uma política institucional de articulação da formação inicial e continuada de professores, com foco na Educação Básica. Para ela, a articulação entre redes municipais e federais visa a semear uma mudança na cultura educacional básica, que ainda é hierarquizada. 

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    Para finalizar as apresentações dos convidados, falou Kátia Gorini (imagem acima), ceramista e escultora da Escola de Belas Artes (EBA-UFRJ). Kátia contou sua trajetória, que desde a Graduação esteve ligada a projetos de extensão e diálogo entre a Universidade e a sociedade. Hoje, realiza oficinas artísticas na Vila Universitária.

     Um assunto que percorreu todas as falas foi a falta de investimentos na manutenção de atividades artísticas. O recente contingenciamento do Governo Federal provocou cortes em bolsas de auxílio a estudantes participantes dos projetos culturais. Com isso, uma série de iniciativas que fomentam a cultura deixaram de acontecer. O encontro evidenciou essa instabilidade e a urgência de multidisciplinaridade. A conversa fez com que todos os presentes dialogassem e questionassem: quais são os rumos da cultura universitária? Não existe, certamente, resposta simples. Entretanto, reuniões como “Parangolés da Cultura” podem apontar novos começos.

Acompanhe a programação!

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Reportagem: Isabel Lima 
Fotografia: Bira Soares | FCC

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