Professor da EM lança livro, através da Editora UFRJ, sobre contraponto na música popular

A palavra contraponto soa, mesmo no meio musical, como expressão de um conhecimento misterioso, quase hermético. A escrita polifônica ficaria restrita a certos momentos da música de concerto e, por sua natureza, seria incompatível com os gêneros populares, essencialmente homofônicos.

Dia: 17/12/2013
Horário: 19:00 – 20:00
Local: Escola de Música
Rua do Passeio, 98 – Rio de Janeiro – RJ 

 


Para Carlos Almada o contraponto não é exclusivo da música de concerto.

Contra esta visão simplificadora se insurge o professor Carlos Almada que lança dia 17, na Sala da Congregação, o livro Contraponto em Música Popular: fundamentação teórica e aplicações composicionais. Publicado pela Editora da UFRJ com apoio da Fundação José Bonifácio (Fujb), a finalidade principal, segundo o autor, “é apresentar uma proposta teórica para a construção polifônica dentro da música popular, suficientemente generalizante para abranger os mais variados gêneros existentes, bem como sugerir algumas de suas aplicações práticas”.

O livro tem prefácio de Roberto Macedo Ribeiro, também docente da Escola de Música, e está destinado a arranjadores e compositores do universo de música popular. Resultado de um projeto de pesquisa, ele completa uma trilogia escrita pelo autor que inclui Arranjo (2001) e Harmonia Funcional (2009).

− Considero, afirma Almada, que o trio arranjo, harmonia funcional (refiro-me à jazzística) e contraponto corresponde a uma formação mínima para o arranjador e compositor, a ser enriquecida, evidentemente, pela vivência profissional.

Com longa experiência como flautista, arranjador e compositor, o autor chama atenção para o ineditismo da publicação. “A ideia surgiu da constatação de que o tratamento polifônico na música popular requeria uma abordagem distinta da tradicional e acadêmica, voltada para o repertório erudito”, destaca.

Dos cinco capítulos em que está organizado Contraponto em Música Popular, os três primeiros tem um caráter mais generalista. Apresentam uma contextualização histórica da teoria contrapontística, passam em revista as ideias de Johann Fux, cujo tratado Gradus ad Parnassum, escrito em 1725, tornou-se a referência canônica para o assunto, além de discutir as técnicas composicionais polifônicas adotadas por J. S. Bach, um dos gênios musicais influenciados por Fux.

O quarto, como observa Almada, é o “centro de gravidade” do livro. Apresenta uma proposta teórica para abordagem do contraponto na música popular, que se completa com um capítulo voltado à aplicações práticas, que toma como base a discussão de diversos exemplos.

O lançamento está marcado para às 19h e será informal, adianta Almada. “Além dos tradicionais autógrafos, ficarei à disposição dos interessados para conversas e comentários sobre os assuntos tratados no livro”, conclui.

Detalhes do evento:
Dia: 17/12/2013
Horário: 19:00 – 20:00 
Local: Escola de Música
Rua do Passeio, 98 – Rio de Janeiro – RJ

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