Superdic articula retomada das atividades culturais presenciais em 2022
Superintendência de Difusão Cultural planeja a criação do Circuito Proart e o lançamento de um edital para premiar trabalhos artísticos produzidos no período de isolamento social
A Superintendência de Difusão Cultural (Superdic) prepara-se para a retomada das suas atividades presenciais, após dois anos de atividades no ambiente digital devido à pandemia do novo coronavírus. Além de projetos já existentes — como o Navega e os fóruns Forcult e FIC-RJ—, a Superdic prevê a inauguração de novas ações como o Circuito Proart e o lançamento de um edital para premiar trabalhos artísticos desenvolvidos durante o período de isolamento social.
Também estão no planejamento a reinauguração do salão principal do Prédio da Avenida Rui Barbosa e realização da cerimônia de entrega de título Doutor Honoris Causa ao Noca da Portela. Ainda neste ano, será oficializada a fundação do NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas).
A superintendente de Difusão Cultural, Andrea Adour, diz que a expectativa para 2022 é retomar a articulação do Fórum de Ciência e Cultura com os centros, decanias e unidades da UFRJ. “Queremos evidenciar os nossos grupos artísticos e projetos artísticos de representação institucional – que trabalham nessa triangulação de ensino, pesquisa e extensão, produzindo arte de muita qualidade”, diz. “Compartilhar esses saberes desses grupos e projetos em circuitos – tanto internos dos diversos campi, quanto para a comunidade — é muito importante para a visibilidade da Universidade”.
Conheça os novos projetos
A Superdic está em tratativas para a realização do Circuito Proart. O projeto prevê a realização de apresentações artísticas em diferentes teatros e aparelhos culturais do Rio de Janeiro, que serão promovidos em parceria com a Escola de Música da UFRJ e a com a Funarte (Fundação Nacional de Artes). O objetivo é ampliar as ações de democratização e difusão cultural através dos Grupos e Projetos Artísticos de Representação Institucional (GARINS e PARINS).
Além disso, a superintendência lançará um edital para premiar ações artísticas e culturais desenvolvidas durante o período de distanciamento social imposto pela pandemia, que será aberto a toda a comunidade universitária. Em junho, será realizada a reinauguração do Salão Principal do Prédio da Avenida Rui Barbosa.
Doutor Honoris Causa para Noca Da Portela
Noca da Portela foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa da UFRJ em agosto de 2020 em cerimônia virtual. Em junho será realizado o evento presencial | Foto: Reprodução/Facebook
No mesmo mês, será promovida a cerimônia de entrega de título Doutor Honoris Causa ao Noca da Portela — compositor, cantor, instrumentista e ícone da música brasileira. Noca já foi condecorado com o título em agosto de 2020, mas, devido à pandemia, a cerimônia foi virtual. Agora a homenagem acontecerá de forma presencial. O evento também celebrará a fundação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi).
Fomento à Cultura durante a pandemia
Durante os anos iniciais da pandemia, em que foi necessária a adoção de medidas de isolamento social, a Superdic adaptou a sua agenda para o formato on-line. Para inaugurar a sua atuação em ambiente virtual, a superintendência criou o Navega UFRJ: Arte e Cultura em Rede, projeto que levou, gratuitamente, para a internet debates, aulas públicas, palestras, apresentações musicais, pequenos concertos, peças de teatros, apresentações de dança e performances.
O objetivo da ação era aproximar a produção artística, cultural e científica da Universidade e apoiar a campanha de doação às unidades do complexo hospitalar da UFRJ, que atuava na linha de frente do combate ao coronavírus. “A criação do Navega foi uma maneira de Reconhecermos a relevância das artes como veículo de comunicação e de bem estar durante o distanciamento social”, explica Andrea Adour.
Pensando no papel das instituições de ensino superior na promoção da arte em tempos de pandemia, a Superintendência de Difusão Cultural promoveu a II Conferência Interuniversitária de Cultura e o 4º Forcult Sudeste.“Em um cenário em que percebemos a total desarticulação no campo das artes no âmbito nacional, a superintendência refletiu, assim como outras instituições de ensino superior, de que forma seria possível desenvolver políticas conjuntas para amparar o setor cultural, tragicamente atingido pelas contingências da pandemia”, destaca Andrea.
